O Terreiro de Umbanda Luz, Amor e Paz – TULAP é um templo (igreja) de Umbanda. Praticamos a Nova Umbanda de Raiz, uma Umbanda pautada pelo culto a Deus, pela compreensão de Deus por meio de suas qualidades, a que denominamos Orixás, pela manifestação de espíritos desencarnados os quais chamamos de entidades. Essas entidades traduzem a vontade de Deus para a terra por meio da mediunidade. Adotamos uma Umbanda que busca e fortalece suas raízes e sua história de formação. Respeitando a herança africana, indígena e cristã.
Todo terreiro de Umbanda, ou melhor, todo templo religioso, deve ser fundamentado sobre algumas diretrizes e princípios dos quais todos os demais ensinamentos, ações e expressões devem se originar.
Portanto manter público e sempre exposto os princípios e fundamentos de nosso terreiro deixarão claro como são os trabalhos, como dedicamos nossas vidas a nossa Umbanda e como procedemos os trabalhos de caridade.
Acima de tudo tentamos manter vivos os ensinamentos de Jesus Cristo, o código moral e ético de nossa casa está sedimentado na vida e obra desse grande mestre da espiritualidade o nosso Senhor Jesus Cristo.
São os fundamentos do TULAP – Cabana do Pai Tobias de Guiné:
Em resumo e como fonte de todos os demais princípios, e pai e mãe dos ensinamentos, regras, trabalhos e atividades, de nossa casa temos o seguinte diálogo entre os apóstolos e Jesus Cristo, (que é a grande Lei do nosso Terreiro):
Mestre, qual é o grande mandamento na lei?
E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento.
Este é o primeiro e grande mandamento.
E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.
Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas.
Mateus 22:36-40
Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento.
E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes.
Marcos 12:30,31
Portanto a CARIDADE – Ama a teu próximo como a ti mesmo – a compaixão – são a lei máxima de nossa casa. A partir desta podemos inferir as seguintes diretrizes:
- A gratuidade de todos os atendimentos e trabalhos (Curem os enfermos, ressuscitem os mortos, purifiquem os leprosos, expulsem os demônios. Vocês receberam de graça deem também de graça. Mateus 10:8);
- A crença em um único Deus (Umbanda é monoteísta);
- A crença nos Orixás como emanações (ou as qualidades) do próprio Criador;
- Na crença na vida após a morte, na vida espiritual e nas sucessivas encarnações (crê-se nas reencarnações) e que a liberdade verdadeira, e a felicidade verdadeira só serão alcançadas quando encerrarmos o ciclo de reencarnações;
- Que os espíritos podem se comunicar com o mundo material por meio dos encarnados no fenômeno natural conhecido como mediunidade;
- Que a mediunidade não é um Dom divino e sim uma faculdade que devemos zelar, proteger e desenvolver para dela fazermos a vontade do Pai;
- Que os Orixás por serem a própria manifestação e essência divina não podem se manifestar diretamente nos terreiros de Umbanda. Assim o fazem por meio de espíritos de luz, os chamados guias, que se apresentam em formas, em roupagens fluídicas que denominamos forma-apresentação, como os caboclos, os exus, os pretos-velhos, as crianças e os baianos;
- A lei de ação e reação ou lei kármica;
- Um ritual como forma de disciplina, união e orientação;
- Que a Umbanda é uma religião mediúnica e alquímica (ou magística);
- A não utilização de sangue de animais ou o uso de sacrifício ou imolação animal;
- Não é realizado nenhum trabalho para o prejuízo de alguém, ou seja não se faz e não se compactua com o mal; Não aceita-se e assim muito menos se pratica qualquer ato que produza, mesmo que indiretamente, o mal. Desta forma não são praticados atos que burlem, interrompam ou desviam a lei de ação e reação, tais como amarrações, prejuízos a outrem, ou punição a inimigos;
- Recepção com amor a todos, sem qualquer preconceito ou discriminação, seja pela condição social, condição financeira, pela cor da pela, ou pela raça, pelo sexo ou pela orientação sexual ou pela religião;
- a busca constante do conhecimento para aprofundar a fé por meio da razão;
- a busca pelas raízes formadoras da Umbanda, e sua valorização;
- trabalhar para que a Umbanda seja revelada como a manifestação do espírito para a caridade como afirmou o Caboclo das 7 Encruzilhadas, caboclo anunciador da Umbanda.